segunda-feira, 24 de março de 2014

O Desafio Slow Fish está chegando!

Como aproveitar a semana santa, para colocar no seu prato e no de sua família um peixe bom, justo, e limpo?

Pensando nisso, o Slow Food Brasil, em parceria com o movimento internacional, convida você a fazer parte do movimento Slow Fish.


E o que isso quer dizer?

Sabemos o quão difícil é para a maioria das pessoas, saber de onde está vindo o alimento nosso de cada dia.

O peixe que está na sua mesa pode ter vindo de pesca industrial, pesca artesanal, ou mesmo de criação em tanques. Cada um desses modelos, implica em impactos ambientais, sociais e econômicos diferentes.

Se por um lado, comprar um bacalhau português não causa um dano direto ao estoque pesqueiro brasileiro, por outro lado implica em custos de transporte importantes, impactos ambientais em outras zonas pesqueiras, e menor renda para a pesca brasileira.

Por outro lado, o simples fato de comprar peixe localmente não significa que não haja impactos. Se existe sobrepesca, se os animais são pescados em período de piracema (a época de reprodução desses animais), e tem o tamanho mínimo. Ingerir uma fêmea cheia de ovos, significa menos peixinhos no próximo ciclo, e menos a cada ano. 

A criação em tanques poderia então ser vista como solução?
No passado, tivemos muitos problemas de invasão de espécies exóticas em bacias hidrográficas às quais essas espécies não pertenciam, causando desequilíbrio nos ecossistemas. Pra quem não sabe, a Tilápia é uma espécie africana, que se "naturalizou" sul-americana. Além disso, os animais que vivem em tanques em geral comem ração, e quando se fala em ração no Brasil estamos quase sempre falando de soja ou milho geneticamente modificados, os transgênicos.

Fora todas essas questões, ainda tem a questão da poluição ambiental, que leva à acumulação de metais pesados e outras substâncias nesses animais.

...mas então, o que fazer?

Essa resposta ainda não está pronta. Faz parte das atividades do Slow Food e de outras instituições, ir aos poucos encontrando respostas para essa pergunta. Não há apenas uma, há várias.

Em 2011, a UNIMONTE publicou o "Guia de Consumo Resposável de Pescados", mostrando que peixes estão ameaçados ou não. O guia completo pode ser baixada na página do Pescado Original. (clique na imagem abaixo para ampliá-la)

O Guia de Consumo Responsável de Pescados, da Unimonte.
E por que não, ir pescar? Quer maneira mais prazeirosa de juntar a família ou os amigos, na beira de um rio?
Respeitando as normas ambientais e sociais, pescar seu peixe da sexta-feira santa pode ser também uma opção.

Siga as postagens desse blog para saber das novidades sobre o peixe e o movimento Slow Fish no Brasil.
E acesse a página do Slow Fish Brasil para mais informações.

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